29. Ó Pássaro de Luz
Um pensamento, uma melodia, uma ressonância –Quem me chama de vez em quando?
Não sei onde estou.
Não sei para onde irei.
Em escura amnésia,
Eu me compro e me vendo.
Tudo destruo e tudo construo.
Tudo quero que seja meu, só meu.
Ai, meu coração está eclipsado
Pela negra e selvagem noite-destruição.
Ó Pássaro de Luz, Ó Pássaro de Luz,
Com suas chamas fluentes e reluzentes
Entre no meu coração mais uma vez.
Você me chama para escalar
E voar no azul.
Mas como posso?
Meu coração está em uma prisão,
No respiro estrangulado de um minúsculo aposento.
Ó Pássaro de Luz, Ó Pássaro de Luz,
Ó Pássaro de Luz Suprema.
Em mim, eu rogo, não deixe sequer uma gota de escuridão.
Sri Chinmoy, Minha Flauta, Agni Press, 1972