10. Imortalidade

Sinto em meus braços Sua Graça sem fim;
Dentro do meu coração, a Verdade da vida reluz alva.
As altitudes secretas de Deus minha alma agora escala;
Não há dor, nem aflições sombrias, ou morte à minha vista.

Nenhum dia ou noite mortal pode abalar a minha serenidade;
Uma Luz acima sustenta minha alma secreta.
Todas as dúvidas angustiantes são banidas das minhas profundezas,
Meus olhos de luz percebem minha Meta almejada.

Mesmo no mundo, estou além das suas aflições;
Navego num oceano de suprema libertação.
Minha mente, um cerne de Pensamentos ilimitados do Uno;
O firmamento de vastas estrelas abraça a paz do meu Espírito.

Meus dias eternos se encontram num tempo acelerado;
É a Sua Flauta de rapsódia que eu toco.
Feitos impossíveis não mais impossíveis parecem;
Nas algemas-nascimento reluz agora a Imortalidade.
Sri Chinmoy, Minha Flauta, Agni Press, 1972