12. A Escuridão da Luta

Com uma tristeza vazia, tornei-me pesado;
Tal como as coisas eternas, imutável é a minha aflição.
Em vão tento sobrepujar meu inimigo.
Ó Senhor do Amor!
Faça-me mais morto do que pedra.

Tua Graça de silente Sorriso eu nunca sinto;
O falsário do mal marca meus dias e noites.
O seu chamado meu corpo insone sempre obedece.
Meu coração eu aniquilei e agora tento me curar.

O estúpido desperdício da Terra agora queima um inferno em minha alma.
Fracasso em lutar contra a sua perdição estupenda,
Meu alento é escravo dessa interminável escuridão.
Pela Luz eu anseio, mas encontro uma meta tenebrosa.

Nuvens-fumaça cobrem minha face de fogo do Espírito;
Perambulo despido pela terrível e profunda noite da ignorância.
Sri Chinmoy, Minha Flauta, Agni Press, 1972