87. A Flauta Dourada

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Um mar de Paz e Alegria e Luz,

Além do meu alcance eu sei.

Em mim a chorosa noite, em meio à tempestade,

Encontra lugar para soar e escoar.

Choro em voz alta, tudo em vão;

Desolado estou eu, ó Terra maldosa!

Que alma de poder poderia compartilhar da minha dor?

Um Dardo-morte é tudo o que encontro.

Sou uma jangada no mar do Tempo,

Meu remos foram levados embora.

Como posso esperar alcançar a terra

Do Dia eterno de Deus?

Mas ouça!

Escuto a Tua Flauta dourada

Suas notas trazem o cume ao alcance.

Seguro estou agora, Ó Absoluto!

Foi-se a morte, foi-se a carranca feia da noite!

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From:Sri Chinmoy,Minha Flauta, Agni Press, 1972
Fonte: https://pt.srichinmoylibrary.com/mf