Nos Upanishads é dito: “Aquilo é longe e, ao mesmo tempo, é próximo. Aquilo se move e não se move. Aquilo está dentro e aquilo está fora. Ele se mexe e não se mexe.” Quando Kali está fazendo o seu papel, a realidade se move. Quando Shiva age, a realidade é silente. Quando eles trabalham juntos, aquilo se move e não se move. Com nossa consciência humana, quanto tentamos ver a Verdade, ela está longe, muito longe. Mas com nossa consciência divina, quando tentamos ver a Verdade, ela está muito próxima – bem diante de nossos narizes.
“Aquilo está dentro e aquilo está fora.” Essas condições conflitantes cessam quando nossa consciência interior está completamente desperta. Se algo está dentro, então essa justa coisa deve também estar fora. Se há uma semente, haverá também uma árvore. Se há uma árvore, haverá também uma semente. Se a Verdade já existe no interior, então a Verdade deve ser manifestada, cedo ou tarde, no exterior.
A Mãe Kali é o aspecto dinâmico da Verdade Transcendental e o Senhor Shiva é o aspecto silente da altíssima Verdade Transcendental. Eles satisfazem o altíssimo Supremo juntos, como o verso e o anverso da mesma moeda. Shiva é silente, e Kali é ativa e dinâmica. Se enxergamos com nossos olhos humanos comuns, dizemos que eles são separados. Mas se os enxergamos como nosso olho interior, vemos que estão juntos.From:Sri Chinmoy,Grandes Mestres e os Deuses Cósmicos, Agni Press, 1977
Fonte: https://pt.srichinmoylibrary.com/gmc